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Redação Dissertativa

O Diário - 30 de maio de 2025

Redação Dissertativa

Prof. Luciano Borges é doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais 

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Escrever argumentando

A redação dissertativa-argumentativa é muito importante para o processo formativo dos estudantes, dada sua capacidade de articular pensamento crítico, clareza argumentativa e domínio linguístico. Ao exigir a defesa fundamentada de um ponto de vista sobre um tema relevante, esse tipo textual mobiliza habilidades intelectuais complexas e indispensáveis à vida social, acadêmica e profissional. Em sua estrutura típica, espera-se que o texto desenvolva ideias com coerência e coesão, o que revela duas contribuições significativas: o fortalecimento do raciocínio lógico e da organização do pensamento, bem como o estímulo ao engajamento crítico com a realidade social. Escrever bem, portanto, não é apenas um ato de domínio linguístico, mas também um exercício de cidadania e reflexão.

Um dos principais méritos desse tipo textual é a capacidade de desenvolver o raciocínio crítico e a organização lógica do pensamento. Ao ser desafiado a defender uma tese com argumentos consistentes e bem encadeados, o autor precisa articular ideias de maneira estruturada, o que favorece o aprimoramento do pensamento lógico. Por exemplo, um estudante que redige sobre o impacto das redes sociais na democracia precisa relacionar causas e consequências, confrontar dados e propor soluções. Outro exemplo é o candidato a concursos públicos que, diante de temas complexos como desigualdades ou mudanças climáticas, deve demonstrar clareza de raciocínio e domínio das conexões entre ideias. Assim, escrever uma “simples” redação de vestibular, não se limita a seguir uma fórmula, mas implica exercitar a mente para ordenar argumentos com precisão e intencionalidade.

Além disso, a prática regular da escrita argumentativa colabora para a formação de pessoas mais conscientes e atuantes. Ao escrever sobre temas como violência doméstica ou racismo, é preciso que se tome uma posição baseada em dados, valores e princípios éticos, postura que exige um olhar crítico e responsável sobre o mundo. Estudantes do ensino médio, por exemplo, ao treinarem esse tipo de texto para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), são levados a refletir sobre seu papel social e a imaginar propostas de intervenção que respeitem os direitos humanos. Desse modo, a escrita dissertativa se torna uma espécie de espelho e martelo de forja: espelho, porque revela o grau de consciência do sujeito diante do mundo; martelo de forja, porque modela esse sujeito na direção de uma postura crítica e ativa. Em tempos de desinformação e discursos vazios, redigir com lucidez é mais que um diferencial, é um gesto de resistência intelectual.

Prof. Luciano Borges é Doutor em Letras pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, na área dos estudos discursivos e textuais – literatura, artes e mídias digitais