O uso indiscriminado de antibióticos
O Diário - 12 de junho de 2025

Maria Eduarda Franco de Paula, estudante do 9º período do curso de Medicina da Facisb, orientada pelo prof. Eduardo Marcelo Cândido
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Os antibióticos transformaram a história da medicina ao permitirem o controle de infecções, antes consideradas potencialmente fatais, agora com a possibilidade de serem tratadas resultando na cura do(a) paciente. Contudo, o uso inadequado dessas medicações tem provocado uma das maiores ameaças à saúde pública global: a resistência bacteriana.
Esse fenômeno ocorre quando as bactérias desenvolvem mecanismos para escapar da ação dos antibióticos, tornando os tratamentos menos eficazes, ou mesmo nulos, e aumentando o risco de complicações, internações prolongadas e mortalidade. A automedicação, o uso sem prescrição médica, a interrupção espontânea e precoce do tratamento e a prescrição excessiva em casos virais (quando este tipo de medicamento não é necessário) são práticas que colaboram para este processo. Segundo a literatura científica, é urgente adotar medidas de conscientização e promoção do uso racional de medicamentos antimicrobianos, as quais envolvem ações educativas, protocolos clínicos baseados em evidências e controle rigoroso da prescrição desses medicamentos.
É responsabilidade de toda a sociedade (profissionais de saúde, gestores públicos e cidadãos) atuar para preservar a eficácia dos antibióticos. Usá-los de forma consciente hoje é garantir sua efetividade no futuro. O combate à resistência bacteriana depende de escolhas individuais e políticas coletivas comprometidas com a saúde.